TERRA, Paulo S. PEQUENO MANUAL DO ANARQUISTA EPISTEMOLÓGICO, Editus, Ilhéus, 2000. 92p.
/o livro se define como um manual para uma investigação cientifica plena. Conceitos, tópicos, pressupostos, etc.; são todos aceitos por um método cognoscitivo que descarta qualquer preconceito na produção do conhecimento. “[...] a sublime arte de criticar permanentemente as idéias, com o intuito de fazer nascer outras novas que também devem ser criticadas e, assim, indefinidamente. p.8” Neste método a busca do conhecimento infringe-se no âmago da razão, honestidade, dever, obrigação, moralidade etc. ou seja, todos os dogmas são investigados não como verdade absoluta e indiscutível para um ponto de partida epistemológico, e sim levando-se em conta a idéia de que tudo vale, nada pode ser desprezado nem tão pouco reverenciado e endeusado. Deixa-se de lado toda a dogmatização cientifica e o processo de definir o que é ciência, se mostra etimologicamente como sendo: conhecimento em si. “o anarquista epistemológico não sente escrúpulo em defender o mais banal ou o mais afrontoso enunciado.”p.14
Galileu é considerado o primeiro anarcoepistemólogo, porque empenhou-se em defender uma teoria inadequada e filosoficamente absurda. P.21.” Galileu, com seu incomparável heroísmo, violou importantes regras do método cientifico e alcançou êxito porque não obedeceu a essas regras.”p.22. Vale lembrar que Galilleu foi o primeiro a desenvolver o método experimental, hoje tão difundido e utilizado enquanto pressuposto cientifico. “A separação entre ciência e não- ciência não é apenas superficial, mas perniciosa para o avanço do saber.”
Contra o Método é a obra clássica de Feyerabend, o autor que cria as bases para uma epistemologia anarquista moderna e dentro dos parâmetros didáticos científicos.
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