RESUMO DO LIVRO: A ÉTICA, DE ANGELE KREMER-MARIETTI, [TRADUÇÃO: CONSTANÇA MARCONES CESAR]. Campinas, SP: Papirus, 1989.
SUMÁRIO: 1. Introdução – Um campo implicando todos os campos; 2. Primeira parte, 2.1. Cap. I – A ética filosófica e seus pressupostos dialéticos, 2.2. Cap. II – A ética e a aporia que a governa, 2.3. Cap. III – Necessidade ou contingência?; 3. Segunda parte – Os sistemas atuais, 3.1. Cap. I – O intuicionismo moral, 3.2. Cap. II - O intuicionismo moral de Kant, 3.3. Cap. III – O ceticismo moral de Hume; 4. Terceira parte – O grande problema ético.
1. Introdução.
Um campo implicando todos os campos.
Moral e ética são inseparáveis de um método. Reflexão teórica e ética geral ou a ciência da moral. Visa a universalidade do fenômeno moral. Na lei moral, a obrigação moral e, fora da obrigação moral não há sujeito responsável.
A moral e a ética também se opõem e se complementam, segundo aquilo que os anglo- saxões propõem como de um lado a ética normativa e de outro a meta-ética, o traço desta sine qua non da vida moral. Fazendo sujeito da lei, um duplo constrangimento.
Partamos da lei como Kant, ou do desejo como Freud. Os desideratos a partir de um foro interior, que Freud coloca na base o racional e o empírico. O constrangimento interior do qual a evocação legal e moral, a lei do símbolo é formadora e formalizadora do foro interior. O legislador em mim que é o outro, mais que um. Hermes um binômio, daí Diké introduz na justiça, na honra sem esta sujeição primeira, não existiria nem sujeito responsável nem conduta moral, sem comunicação social, a que estatuto os homens seriam reduzidos?
Que este dom original talvez já fossem em termo de contrato social. Dívida simbólica de ações, ação à distância. Dinâmica própria no foro interior. Eficácia simbólica da qual conforme a intenção da lei moral, ou perde progressivamente a acuidade de consciência tal qual uma civilização, uma cultura, a ética é então colocada a distância da consciência moral comum.
2. Primeira parte.
A metodologia.
2.1. Capitulo I. A ética filosófica e seus pressupostos dialéticos.
Técnica engenhosa suplanta a atividade, duplicada pelo desenvolvimento da técnica de argumentação. Atividade ética a saber apta a abrir um campo de reflexão sobre a identidade e a majestade miticada da filosofia. Civilização ocidental (o milagre grego), século V a.C. a reflexão ética impôs-se como a filosofia numa civilização em ruptura com o mito da necessidade mítica. Sócrates (469-399 a.C.) abre o caminho do pensamento reflexivo adaptado a vida pública e individual do cidadão da democracia. Valor induzido, indução de valores opunha-se aos sofistas, ética técnica ligada ao rápido sucesso político e profissional, Protágoras (485-415 a.C.) o sentido do homem como a medida de toda as coisas, Górgias (480-380 a.C.) desembocando na incomunicabilidade total é como evocar a reflexão ética.
Inspirado por Pródico a ciência do bem consagrou aos sofistas, define Physis (natureza) e nomos (lei). O vicio e a virtude ética de Platão (427-347 a.C.) argumentos da moral, ciência que Sócrates considera exercício de reflexão, os sofistas conheciam as ciências ou saber integral, declarando as qualidades praticas da reflexão filosófica a cerca da moral. Carmides aquilo de Pródico é o autor da doutrina moral que também será a de Sócrates. Protágoras opôs a natureza a lei, ou antes a lei a natureza, oposição fundamental no pensamento grego que remota a Parmênides, e mesmo anteriormente a ele. Tudo leva a fisiologos contra os profanos a quem quiser se apresentar como legislador, nomos, Protágoras se refere como a idéia de Kant, a uma virtude submetida ao respeito de regras formais e não se distingue como na pessoa de Sócrates que cristaliza o passo ético dado no século V a.C.
1.Ciência, a virtude é ensinada. 2. Para fazer o bem e ser feliz, basta conhecer a própria natureza. 3. A sabedoria é a primeira das ciências necessárias a todas as coisas. 4. Esta ciência do homem sendo uma compreende tanto o que diz a maiêutica, a arte de partejar os espíritos. O fato de ter recorrido a julgamento de método e não a proposições dogmáticas, ironia socrática nunca se cansa de embaraçar o interlocutor, curiosidade questionadora, e Sócrates pode opor um fim inesperado, declarando subitamente que aquele que afronta um perigo que poderia evitar não é um herói é um louco. Assim a lição ética de Sócrates consiste na conclusão que deve surgir de suas indagações. Xenofonte da moralidade grega de então a audácia insensata é vista como um zelo corajoso, baseado em princípios éticos. A republica mostra como procede o trabalho do geômetra, o dialético ao contrario do geômetra não extrairá as conseqüências de chegar ao Bem, principio da essência. Todas as argumentações conhecidas deverão sofrer uma operação de redução. Dinâmica lógica, uma peste e um flagelo do gênero ganhador de dinheiro nascido da erística, da contradição, do combate, de luta, de aquisição. Dialexeis, curva definida geometricamente a quadra-trix, e que dissocia retórica (artes dos longos monólogos), dialética (discussão através de questões e respostas). A fazer a síntese das técnicas sofisticas e sociais com a ciência dos físicos, a própria ciência na origem do bem e do mal pressuposto da ciência suprema. Técnica lingüística e lógica ainda está por ser forjada, tem o nome de dialética, sinônimo de retórica filosófica eloqüência, será sem dúvida alguma a alma?
2.2. Capitulo II. A ética e a aporia que a governa.
Produção divina e produção humana, criação de coisas ou criação de certas semelhanças, também a analogia exerce um papel afim, o método como um modelo da realidade em questão. Por Platão com a aporia e é assim que se coloca o problema da predicação, que só a ciência dos homens livres, a filosofia pode resolver. O filosofo conhece que discernir os gêneros a associação é possível ou impossível, Aristóteles sobre o céu, trata da aporia de Diodoro de Kronos reconstruiu dois conceitos de necessidade e possibilidade compreendidos como lógicos ou como reais. Demiurgo substancia contingentes para Aristóteles de eterno, ou antes imperecível, substancia necessária tratando sobre o céu o impossível vem do impossível. O principio de necessidade condicional, a irrevogabilidade do passado ou o princípio de realizar o possível no passado. Platão - especificidade dos movimentos da alma a serviço da liberdade moral, a necessidade de uma razão que devida a uma alma do universo, alma racional: ética platônica. A ética cristã oporá a alma ao corpo, obras, boa morte, sinceridade do amor que deus tem por eles. A morte tira-nos de uma vida cheia de perigos para colocar-nos em segurança, salvação eterna. Os três acusadores do juízo final (o demônio, o anjo, e a consciência) lhe recordarão o que fez, o que não fez e principalmente o que não tem desculpas. Sensível sem substância é só uma imagem de uma realidade estranha ao tempo mutável da eternidade. Acha-se na perpetuidade da união, da alma e do corpo em Santo Agostinho: para ser santo vivendo no meio do mundo é preciso amar o retiro e viver fora do alcance da concupiscência e do orgulho que afastam de Deus. Platão faz apelo a uma dupla necessidade divina e humana, as idéias matemáticas e as idéias éticas participam da necessidade divina, Epíteto justifica doutrinas metafísicas e morais. O irrevogável, a quimera (o indecidível). Aristóteles para chegar à concepção do fatalismo físico, sistema astronômico estável, cujo eterno retorno implica uma liberdade. O antigo ceticismo, conceitualismo propriamente dito, sistema de Aristóteles. Acidental afirmação ou negação referente ao comportamento propriamente dito que o argumento principal como deve ser o caso – e somente se “existisse já a cadeia causal permitindo dizer que o enunciado referente ao futuro já é atualmente falso e permanecerá falso”. A primeira classe diz duas series finais independentes, a terceira classe diz respeito à causalidade natural não entravada, a segunda diz respeito à decisão voluntária, correspondem a uma ordem de probabilidade. Caso complementar ao caso realizado não é contudo nula. A probabilidade: um acidente é “verdadeiro” quando tem uma probabilidade igual a 1; é “falso” quando tem uma probabilidade igual a 0. A ética aristotélica em Ética a Nicômaco diz que alguns pensam que nos tornamos bons por natureza, por hábito, por ensinamentos o raciocínio e o ensino de hábitos, a alma do ouvinte, tendo em vista um raciocínio que será possível fazê-lo mudar de sentimento, a paixão cede ao raciocínio, mas à força. Eficácia motriz autônoma.
Protágoras propõe três possibilidades que são a natureza, o acaso e o ensino. Aristóteles substituiu o acaso pelo hábito reduzindo a noção de acaso ou fortuna à de natureza dois, passando a simplificação de dois termos: hábito e ensino, a hábitos com relação à lei e o ensino com a política. Tendências religiosas e idealistas platônicas, a partir da metafísica, outro agrupamento de tendências naturalistas ou materialistas entorno do pensamento pragmático de Aristóteles.
2.3. Capitulo III. Necessidade ou contingências?
Platão, Aristóteles e Epicuro propuseram sistemas da contingência: “Lei natural”. Identificável e reidentificavel a predição substancial é elementar X predicação substancial composta. Classe ou espécie (a humanidade). Imposições lógicas de comunicação: “aparece” ou “assemelha-se”. Sistemas dogmáticos do realismo; o ponto de vista ético está coordenado à questão da definição da “lei natural”. A partir de uma norma. Química: coluna de periodicidade de Mendeleiv. O conceitualismo refere-se ao finalismo, o nominalismo das coisas refere-se ao mecanismo. Ética conceitualista, a felicidade é o Soberano Bem. Do ponto de vista da moral, do útil, do bem e do mau, “aquilo que pode ser útil” (virtudes, ações virtuosas, amigos bons, deuses, gênios bons). São coisas boas: virtudes, reflexão, justiça, coragem, sabedoria; são coisas más os seus contrários: irreflexão, injustiça etc. Nem boas nem más logo, indiferentes. Segundo a definição dogmática de verdade, o acordo entre o enunciado e o estado de coisas, todo enunciado completo sendo verdadeiro ou falso. O intuicionismo não aceitará nem transcendentes nem imanentes, nem como abstraídos das coisas, são simplesmente atos do sujeito cognoscente. Verdadeiro ou falso, afirmativo ou negativo, necessário à doutrina e adequação admitida como lei um cânone. As regras de Bohr, equação de incerteza, determinismo formal, determinismo material; o método intuicionista: só é real o que é determinável, só é verdadeiro o que é demonstrável. Da lei e da obrigação que implica. O cético natural do hábito, a probabilidade ou dito de outro modo, a probabilidade mede os graus de crença. “A probabilidade a posteriori é proporcional ao produto da probabilidade a priori pela verossimilhança”. Modalidades epistêmicas. Ameaça a liberdade moral, do realismo Santo Anselmo (1033-1109), necessidade condicional, a alma é automotriz; para Santo Agostinho não é coeterna a Deus nem automotriz, mas seus movimentos, espirituais, decidem os fins últimos. Para Platão o mal é só uma imperfeição do ser ou não-ser, não é feito por Deus, portanto proveniente de nossa faculdade de pecar. De re, à necessidade condicional, de dicto, o conceitualista admite como tautologia lógica a condição de negar o principio de bivalência. As teologias conceituais, contingência, necessidade, os dois nominalismos se assemelham. Proposições dictum – res. As lei necessárias das coisas e eventos. O intuicionismo contesta o principio do terceiro excluso; é o que Descartes fez das verdades eternas explicitamente. Teodicéia: nossas imperfeições manifestas acompanham a beatitude, a incorruptibilidade e a santidade. Para Epicuro, para Descartes e para Kant, a natureza divina é-nos estranha, três intuicionistas. Para o cético a modalidade não é mais inerente à atividade do espírito. A importância da linguagem entra em cena, por assim dizer, porque a comunicação tem por objeto a idéia de necessidade, mesmo subjetiva; as modalidades são apenas conceitos semânticos. A verdade do enunciado não corresponde necessariamente ao ato do evento que descreve.
3. Segunda parte: Os sistemas críticos.
3.1. Capitulo I. O intuicionismo moral
Fizemos um amplo esboço dos grandes tipos de sistemas e reconhecemos seu ponto de incidência na ética, a partir do qual tratamos sobretudo de Platão e de Santo Agostinho quanto aos realistas. Aos conceitualistas o espírito das éticas são dogmáticas rubricas do materialismo, idealismo qualidade elementar “contingência” materialismo, sistemas dogmáticos e os sistemas críticos. Intuicionista funda as regras da natureza numa construção mental. De Bacon a Comte, afirmou-se o circuito do sujeito cognoscente e do objeto repreendido pelo sujeito. Comunicação homem-homem dimensão puramente reflexiva. Anaxágoras – [...] enuncia o principio de que o único elemento imitável de criação é o espírito. [...] O domínio do elemento por excelência concerne ao movimento circular na sua totalidade, ao qual ele deu impulso a partir de um ponto ínfimo do mundo.”p.55.
Principal motor do circuito, o espírito afastou-se, desde o principio, do movimento e isolou-se de tudo o que foi posto em movimento. “tudo está em tudo” o outro é tudo numa pluralidade englobante e ainda não cingida, segundo a divisibilidade infinita postulada. O espírito é conhecimento em ato de tudo o que é ser-dentro. Na ausência de textos éticos, a moral que parece ser a de espírito eterno, puro e verdadeiro e do conhecimento que ele habita interiormente. Intuicionismo, dualismo espírito-materia. Anaxágoras, para Kant – teologia racional a partir de uma causa racional única, em vez de admitir graus indeterminados de perfeição nas causas morais.
Epicuro – ética sobre o materialismo (um nominalista de coisas). Praticar a Ataraxia, pode-se considerar a ética que Epicuro propõe como subordinada aos dois pólos que são, a liberdade e a intuição. Disjunção – princípio do terceiro excluso de bivalência, o materialismo é compatível com a liberdade. Cânone epicúreo – o verdadeiro é o que é e o falso o que não é. Pré-Racional não irracional, a sensação não tem necessidade de justificação. Ao mesmo tempo o começo e o fim da vida feliz. “Nada nasce do nada” é o principio atomista e materialista da física epicureana. O epicurismo não é ateísmo. É pela ética que nos é aberto o caminho principal da sabedoria, espetáculo das paixões. Epicuro estabelece uma hierarquia dos desejos, é preciso filosofar tanto na juventude quanto na velhice. O sábio sabe elevar-se acima do ódio, da inveja e do desprezo. Estoicismo – posição contraria ao epicurismo, base pessimista, condição humana. A ataraxia ou ausência de perturbação. “Viver segundo a natureza” – Zenão de Cítio, princípios racionais de conduta. Enquanto para Epicuro buscar os prazeres naturais e necessários e rejeitar os prazeres naturais e não necessários, Zenão e o estoicismo assimilavam as regras morais como teoria da lei natural, os estóicos romanos concebiam a lei natural – liberdade – aceitação da necessidade – importância dos deveres cívicos. Epicurismos e estoicismo podiam convir acima de tudo aos valores intelectuais, ética e ética estóica – o epicurismo é um sistema de intenção, o que o estoicismo não é.
Um nominalista interessa eminentemente pela linguagem, se as vozes e as res são obras naturais, e o resultado de uma intuição humana. Entre o real e o mental surge como terceiro termo o significado dos nomes, ponto de vista semântico, essência anterior aos outros. Conceitualista (o universal não está na coisa), nem nominalista (o universal não segue a coisa), nem realista (o universal não pode ser uma coisa). (p.61)
O ato está carregado de sentido, regido por uma reta intenção, “a intenção forma nosso mundo moral” a partir de quando apreendemos o mundo do conhecimento que possuímos.
A máxima de Abelardo é a mesma de Sócrates, Scito te ipsum, conhece-te a ti mesmo. A pré-ciência divina não implica conclusão negando o livre arbítrio e a responsabilidade.
Bacon – o intuicionismo, postular como dogmas que as leis da lógica ordinária sejam validas para todos os mundos possíveis, a ciência não é uma doutrina, mas a manifestação de uma atividade.
Montaigne, autor de Ensaios de política e moral, apresenta a moral do modo seguinte: capitulo I – moral ciência do modelo e geórgia da alma. Capitulo II – divisão do bem individual ou pessoal em bem ativo e bem passivo; Capitulo III – divisão da ciência da cultura da alma em ciência das diferentes características das almas, uma ciência psicológica e terapêutica. Auguste Comte se inspirará para construir sua própria moral. O entendimento da moral a partir de Bacon é bem mais complexo, pois relaciona as ciências políticas e morais incluindo a ética. Moral – ciência modelo (isto é do bem) versus ciência da cultura da alma. A partir de um esquema descritivo Bacon postula o bem comparado e absoluto (ciência do modelo: deveres gerais – deveres respectivos = bem de comunidade; bem individual- bem ativo/bem passivo = bem conservativo/bem perfectivo). Uma máxima de Bacon: “um homem bom e honesto não poderá nunca corrigir e emendar as pessoas desonestas e os maus, se não tiver penetrado em todos os recantos e todas as profundezas da maldade.”(p.67)
Invocando Aristóteles, Bacon trata da Ciência da Cultura da alma: ciência dos caracteres, ciência das afecções, ciência dos remédios humanos. O fim das ações humanas deve ser reto, honesto e conforme a virtude.
Hobbes – como Bacon, Epicuro e Descartes. Reconhece a Disjunção “Sócrates morrerá amanhã/Sócrates não morrerá amanhã”, deus não é diretamente concernido, uma vez que o demonstrável atem-se inteiramente ao construivel, em geometria, física e política. A ciência ou a filosofia é conhecimento das conseqüências. Conseqüência das qualidades dos homens em particular, conseqüência das paixões dos homens, conseqüência do uso da palavra: ÉTICA (exaltar/reprimir – poética; persuadir - retórica; raciocinar – lógica; fazer contratos – ciência do justo e do injusto). O direito natural é definido como liberdade que cada um tem de usar como quiser seu próprio poder, para a preservação de sua própria natureza.
3.2. Capitulo II – O intuicionismo moral de Kant.
Substantia phenoumenon : idéia transcendental da liberdade.
O desvio – critica da razão pura analisa o poder prático da razão pura. A liberdade é manifesta enquanto idéia pela lei moral. Liberdade é a ratio essendi da lei moral e a lei moral é a ratio cognoscendi da liberdade. Conhecer teoricamente caráter da necessidade subjetiva. Uso pratico e teórico da razão pura. A confirmação prática, razão especulativa, supra-sensível objetos da razão pura pratica surge a determinação teórica das categorias, conhecimento ao supra-sensível por si a liberdade transcendental. Os fenômenos como coisas segundo leis empíricas, um caráter inteligível produzindo fenômenos e a causalidade atribuível a um objeto.
A liberdade e o dever – liberdade negativamente das causas dos fenômenos positivamente, idéia transcendental da liberdade, no labor do entendimento participando da simbolização da causalidade. Este processo abordado revela-se secundário do ponto de vista do “segredo da origem”. Isto é necessidade patológica que o homem representa independência de vontade sensível ao constrangimento da razão, fenômeno puramente inteligível. Ter como fundamento coisas em si, o fenômeno que é segurança na observação de si mesmo duplicado por um númenon. Conselho à razão especulativa introduzindo à lei moral. Kant separou inicialmente entendimento e razão, em seguida razão pura teórica e razão pura prática. “criticando” a razão pura, limitou nitidamente seu campo de ação legítimo na obra de elaboração do saber propriamente dito, [...]” (p.90-91). Atribui valor na delimitação de seu objeto, levando ao entendimento da razão a dialética transcendental com um pensamento puro.
A inversão – o novo processo é inspirado pela liberdade e não depende absolutamente do processo de causalidade da primeira crítica. Critica a precedente razão pura especulativa inteligível, conceito problemático da razão especulativa na personalidade humana.
As duas analíticas – faculdade de conhecer pura e simplesmente. Razão pratica – condicionante empírica, “só a razão pura pode ser incondicionalmente pratica, p.93. princípios de simbolização, conformidade à lei, regra formal de uma lei natural, partindo de duas analíticas relações espaço temporal, do espaço e do tempo, concernente a lei só puramente formal, princípios a priori de filosofia sistemática, teórica e pratica. Duas críticas totalizantes, do ponto de vista do método, porque se com efeito aceder a lei moral e a liberdade que supõe . diz respeito à razão teórica o poder de realizar, característica da dialética, a ciência e o que Kant mostra, é a obediência à lei. A lei moral ou o verdadeiro começo – princípios práticos, analítica da razão prática, subjetivas máximas e objetivas (leis-pratica de validade pra todo ser racional). Causalidade, leis puramente formais, modo satisfatório. Lei pratica, sua forma, vontade, conhecimento que temos de lei moral, mecanismo da natureza, o contrario da liberdade, podemos nos interrogar, somos cognoscentes de princípios teóricos puros, somos conscientes de leis praticas morais puras?. No âmbito da razão empírica leis praticas, legislação universal, incondicionada, enfocamos o aspectos geométricos de questões praticas, postulados e preposições. Demonstra em Kant o caráter imediatamente legislador da razão pura, prática em si. A razão pura primordialmente legislativa, chamamos lei moral, constrangimento coerção, máximas virtudes prática invariavelmente constante, a autonomia da vontade livre do desejo no sentido negativo, pratica nada mais do que a liberdade no sentido positivo.
Dedução dos princípios da razão pura prática – analisa a razão pura, pratica de determinar a vontade fora de todo fator empírico, analisa a partida de princípios sintéticos especulativamente, conceitos sem intuição, razão pura teórica, senão a lei. Leis condicionadas empiricamente a reprodução ou natureza ectypa, no princípio determinam a possibilidade de máximas da vontade, principio moral como um paradoxo de um poder da dedução, pré-existe pois um conhecimento, causalidade com relação as ações da vontade na razão prática.
A causa noumenon – faculdade de desejar uma lei torna prática uma vontade que a priori causa uma liberdade relativa ao ser. “Chama-se causa noumenon o conceito de um ser dotado de vontade livre.” Nenhuma intuição (=INTUIÇÃO SENSÍVEL) porque é concebível é contudo vazia, do ponto de vista do uso da razão teórica. Lei pratica o bom e o mal, a teoria moral.
A metodologia moral – preceitos empíricos e fundamentos práticos em modalidades de livre arbítrio, analítica razão das formas, teórico e prático da intuição, vontade pura moral.
Tipologia do julgamento prático puro – possíveis intuições, a priori razão pura, consiste na relação de uma conexão de esquemas segundo conceitos supra-sensível, bem ou mal teóricos da razão, fato ou uso prático da intuição sensível a aplicações concretas, enquanto procedimento geral da imaginação, a moralidade das intenções.
Os móveis da razão pura prática – em que consiste o valor moral das ações? Caráter imediato da lei moral, determinação da vontade pela lei moral, inclinações opostas à lei conhecida a priori a vontade deve por amor de si, ou amor próprio, egoísmo; pretensões patologias, determinantes do livre arbítrio, presunção quanto ao eu, legislador pratico incondicional. Um móvel, coerção, dever constrangimento da lei manifesta pela máxima do respeito à lei nos limites do dever da obrigação.
Unidade da razão pura – recíproca da razão prática e da razão teórica. Restrições caiam no ceticismo e impliquem no conceito do uso prático da causalidade, não empírica autorizada e teoricamente nula, ter-se-ia a necessariedade salva a intenção prática de ultrapassar a epistemologia moral demonstrativa da dogmática. Tratado da natureza nas convenções humanas; por origem da justiça, da propriedade, os bens cuja posse é garantida por leis da sociedade, utilidade do domínio da virtude, o julgamento ético, empirismo da justiça do dever; como justificar a existência de Deus que é preciso obedecê-lo. O empirismo moral não aceita o argumento contra a razão. Se a norma for extraída do fato o postulado do racionalismo é subjugado à praticidade. Reconstituição humeana da moral, paralelo ao construtivismo epistemológico. Crítica do intuicionismo, a definição terminológica da necessidade e da causalidade - nominalismo, o poder de agir e de não agir segundo as determinações da vontade, o determinismo da condição humana é causa noumenon, fatos empíricos: o erro de Descartes: faculdades humanas o fracasso dos limites, o espírito tem presente a si mesmo percepções, antinomia entre a razão e o instinto natural, vida quotidiana epistemológica. Fato implícito a aparência das coisas, arte de viver do ceticismo contemporâneo, a eficácia provável desta ação. É interrogação cética, com vistas terapêuticas ideológicas evidentes.
4. Terceira parte. O grande problema ético.
“o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim.” (KANT, apud p.121)
A ética enquanto problematizada na forma, justificá-la, ética filosófica e lei normativas da conduta humana. A religião, a vida comunitária, imperativos categóricos ou hipotéticos, explicito ou implícito, denotam que a finalidade de fabricar sejam lógicas e históricas, refletir sobre o que é sagrado, pensamento racional, cadeias de razões, jogo lógico.
A metodologia – configuração física e moral do bem viver, educação cívica, ética moral que é irmã segundo imperativos hipotéticos, da moral e medicina considerando o código de deontologia medica, racionalidade do sistema ético, via lógica e epistemologia. Metodologia filosófica, axiomas, método cientifico, lei natural, ética filosófica não seria possível. Dialéticos da lógica criam a estrutura epistêmica, aporia ou antologia contraditória, evocado por Sócrates o bem, a fé, a boa retórica da argumentação, recursos de linguagem da lógica. Dogmática evolução lógica, epistemológica e filosófica, fundamentada em pressupostos dialéticos com alcance teológico ou filosóficos.
Os sistemas críticos – sistemas dogmáticos x sistemas críticos, ruptura sem cronologia histórico-conceitual, o ceticismo. A formulação, nova formula “o dogmático” de métodos científicos contemporâneos, método platônico e aristotélico, do ponto de vista ético, seria estritamente solidário um método filosófico rigoroso da lógica e epistemologia correlativa. Tipos teóricos; impossibilidade teórica, intuicionismo, tempos modernos da ciência positiva, Abelardo, Bacon, Hobbes, Descartes metafísica, Kant teoria do egoísmo, Comte teoria cerebral, dupla teoria histórica e semiológica. O amor por principio, a ordem por base e o progresso por finalidade. Ironia, recusa de intervenção, probabilismo, empirismo, exame do dogma.
O grande problema ético – a moral, a ética normativa, filosofia analítica, nominalismo, sistemas críticos, princípios e leis normativas, reviravolta dos costumes efetivos, ético fundamental, a inteligência, bem supremo ou bem da sociedade na filosofia moral, particulares conhecimentos informações científicas: genética, ecologia, respeito à vida a morte, seqüelas das doenças modernas. Técnicas físico-químicas; psicanálise como teoria das paixões, ética médica apropriada. Bom, uma coisa é boa porque desejamos ou desejamos porque é boa? - Kant, Hegel, Nietzsche, Freud e Lacan. A dialética do desejo não se desenvolve somente em virtude da indicação do objeto do desejo, sujeito da lei moral, letra da lei, ou submissão as leis normativas, patologicamente determinável, imperativo hipotético, imperativo categórico, campo livre para paradoxos postulados de veracidade, princípios de legislação universal, subjetiva ação moral. A psicanálise abandona o principio da universalidade, abrir a porta ao contrario da moralidade. Dura lei da natureza, na falta de uma lei moral, certamente funciona sem falhas.